Mapeamento de Riscos: conheça os principais passos para um processo eficiente

É imprescindível que a empresa tenha ciência das exposições ou ameaças a qual está sujeita. O mapeamento de risco é o processo pelo qual gestores identificam os principais riscos aos quais estão expostos, para que assim consigam pensar em ações estratégicas de mitigação ou acompanhamento.

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O que é mapeamento de risco?

Mapeamento de risco é o processo que consiste em identificar ameaças que gerem perdas para o negócio e comprometam o andamento das atividades, garantindo dessa forma, a continuidade das operações e prevenindo a empresa de possíveis prejuízos.

Com isso, os tomadores de decisão podem focar em ações estratégicas para evitar, mitigar ou apenas monitorar os riscos identificados, prezando pela ética e conformidade das leis. Além disso, a identificação e consequente gestão dos riscos existentes, proporciona mais segurança para a operação e garante a melhoria contínua do sistema produtivo. 

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Mapeamento de risco: qual o objetivo?

O mapeamento de riscos permite visualizar os problemas que podem impactar as operações e a reputação da empresa, classificando os riscos de acordo com a materialidade, grau de ameaça e probabilidade de ocorrência. 

Ao ter riscos identificados, é muito mais fácil para a empresa focar em ações preventivas que possam dirimir tais ameaças.  

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Três principais tipos de Risco

Quando falamos de riscos, as ameaças ou ocorrências podem variar de organização para organização, mas de forma geral dividem-se em:  

1-Riscos Legais

O risco legal, que também pode ser conhecido como risco jurídico, refere-se à possibilidade de perda financeira pela empresa e até mesmo de condenação criminal para seus gestores responsáveis, por estar associado ao descumprimento da lei em vigor. Em outras palavras, a empresa está operando em não conformidade com as normas. 

Existem diversos riscos legais que podem prejudicar a relação entre empresa e fornecedor, como risco de fraude ou regulatório. Por exemplo, se uma grande empresa contrata um fornecedor envolvido em fraude, terá seu nome associado a determinado fornecedor e impactará diretamente na reputação da empresa e também nos resultados do negócio.

2 – Riscos Operacionais

Os riscos operacionais referem-se à possibilidade de ocorrerem eventos negativos devido às falhas (seja por erro humano ou mecânico), deficiência (geralmente relacionadas a processos) ou inadequações (quando um recurso não é mais adequado). 

Vamos tomar como exemplo o departamento de compras de uma empresa que selecionou uma transportadora para levar seus produtos ao consumidor final. 

Se posteriormente é constatado que o fornecedor não cumpre com a demanda no prazo estabelecido ou o produto chega ao destino final de forma indevida, consequentemente gera insatisfação do consumidor, custos com devoluções ou reembolsos, má reputação da empresa e queda nas vendas.

Outros riscos operacionais envolvem: 

  • organizacional;
  • de operação;
  • de pessoal

3 – Riscos de Imagem

Também chamados de riscos reputacionais, os riscos de imagem são ações oriundas de eventos internos ou externos que possam trazer danos para a imagem da empresa, comprometendo a sua competitividade no médio e longo prazo.

O risco de imagem mal administrado pode resultar em perda de clientes, má reputação junto aos seus consumidores e à sociedade e dificuldade em expandir para novos mercados e conquistar novas oportunidades de negócio.

Os riscos de imagem podem ser divididos em quatro tipos:

  • risco ético: relacionado a fraudes e corrupção;
  • risco financeiro: relacionados a inadimplência;
  • risco de produto: relacionado à qualidade de produto e serviço;
  • risco de segurança: relacionado à segurança física e digital.

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Mapeamento de riscos: como fazer na prática?

Como vimos até aqui, uma empresa só tem sucesso em ações preventivas se ela conhece profundamente suas ameaças. Por isso, listamos 4 passos que podem facilitar o mapeamento de riscos na prática. 

1. Brainstorming

É necessário envolver os gestores das respectivas áreas a fim de entender e identificar quais possíveis riscos podem ameaçar a empresa e classificar o grau de gravidade de cada um, conforme a matriz de probabilidade e impacto.

Levante informações pertinentes a todas as áreas, registre as ideias e conte com um facilitador que estimule o debate e o engajamento entre os participantes. Dessa forma, a etapa do brainstorming, ou seja da livre discussão de idéias, termina com uma lista mais assertiva sobre os riscos que envolvem a organização. 

2. Defina regras de conformidade para uma gestão eficiente

Com a identificação dos riscos, é hora de avaliar o impacto de cada risco nas operações da empresa considerando a severidade que cada evento pode causar, na continuidade dos negócios.

Com base no compliance da empresa, os gestores devem identificar os desvios de conduta não aceitos pela organização bem como as legislações específicas que são primordiais nesse processo.

Ao trazer compliance para a  gestão de riscos, o gestor tem um melhor controle das operações com maior visibilidade das potenciais consequências e do impacto sobre o processo produtivo.

3. Cheque antecedentes de pessoas e empresas

Ao checar estes dados é possível validar informações sobre empresas ou pessoas que de certa forma irão se relacionar com a sua organização.

Por exemplo, você pode realizar uma diligência de fornecedores, sócios ou quaisquer parceiros para analisar irregularidades e pendências que indiquem problemas jurídicos, financeiros ou até mesmo criminal. 

Para compor este checklist é importante identificar fontes de validação destas informações mapeando os dados realmente necessários, o que dependendo da lista de checagem pode tornar o processo mais demorado. Nesse caso, contar com a tecnologia, utilizando ferramentas com inteligência artificial dão mais agilidade ao processo.

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4. Monitore constantemente

Não adianta realizar um mapeamento completo se a empresa não se der ao trabalho de monitorar continuamente as ameaças. Afinal, um evento sobre controle pontual ou uma condição ilibada hoje, de um fornecedor ou outro parceiro comercial, não significa a mesma condição para sempre. 

Realizar monitoramento periódico auxiliará ainda mais a empresa a refinar os fornecedores do negócio. Isso possibilita avaliar a qualidade da entrega evitando dificuldades na gestão e surpresas inesperadas.

Leia também: Qual a importância do monitoramento de fornecedores?

Como utilizar a tecnologia para monitorar os riscos mapeados?

Mapear riscos não precisa ser um processo complicado. A tecnologia tem sido uma grande aliada para otimizar as operações que possuem um grande volume de informações, como por exemplo quando falamos de fornecedores e prestadores de serviços.

Uma boa plataforma de gestão de risco apresenta dados de maneira rápida e precisa trabalhando com os mais avançados padrões de segurança. 

Veja como a tecnologia pode ser sua aliada na gestão de riscos de fornecedores:

  • Busca e análise dos principais documentos, certidões, listas restritivas necessárias para analisar o risco de imagem e reputação;
  • Classificação dos riscos de fornecedores com base nos dados verificados automaticamente; 
  • Aprovação automática após riscos classificados e identificados;
  • Interface intuitiva para os fornecedores enviarem informações adicionais e documentações.

Leia também: Você conhece o grau de maturidade do seu processo de homologação de fornecedores?

Conclusão

O principal objetivo do mapeamento de riscos é identificar antecipadamente possíveis ameaças que prejudicam as operações.  

Para realizar um mapeamento de risco é importante seguir algumas etapas, entre elas: brainstorming das possíveis ameaças, definição das regras de conformidade, checagem dos antecedentes de pessoas e empresas e realização de monitoramento contínuo.

Utilizar a tecnologia para entender, classificar e monitorar os riscos que seus fornecedores apresentam para a sua empresa proporciona visibilidade da sua cadeia de suprimentos. Além disso, traz mais segurança e transparência para fechar contratos e negócios. 

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*Atualizado em 04/03/2024*

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